No dia 5 de agosto, o ator e produtor Felipe de Carolis, com 34 anos de idade, dará início a um novo capítulo em sua trajetória pessoal e profissional ao estrear o espetáculo “Sedes”, do autor libanês-canadense Wajdi Mouawad, no Rio de Janeiro. Esta é a terceira e última peça da trilogia de Mouawad, sendo as anteriores “Incêndios” e “Céus”, também montadas por Felipe na América Latina. O elenco conta ainda com os atores Lucas Garbois, Fábio de Luca e Luna Martinelli.
Em uma entrevista com a revista Quem, Felipe compartilhou insights sobre o novo espetáculo e a temática que aborda. “Sedes” mescla humor, música e drama, recorrendo às tragédias clássicas para explorar um mistério profundo e contemporâneo: a crescente prevalência de diagnósticos de depressão, ansiedade e casos de suicídio na sociedade atual.
A peça coloca em foco a cultura da influência digital, abordando como essa cultura frequentemente constrói personagens que não se alinham com a realidade. Felipe destacou a importância de repensar valores em uma era em que a juventude e a aparência dominam as redes sociais: “Valor é o meu caráter, valor é a minha educação… Por que uma mulher de 70 anos perdeu o valor?”
Felipe também enfatizou a relevância do espetáculo ao trazer à tona a questão da saúde mental, especialmente em relação aos jovens. Ele destacou que, segundo dados, o suicídio decorrente da depressão poderá ser a principal causa de morte entre jovens de 18 a 32 anos em breve, o que torna o tema ainda mais pertinente.
A trilogia de Wajdi Mouawad, que começou com “Incêndios” em 2013, explorou temas amplos como a guerra do Líbano, terrorismo e xenofobia. Agora, com “Sedes”, a narrativa aborda a estrutura educacional falha e suas implicações na sociedade contemporânea.
“Sedes”, dirigida por Thiago Bomilcar Braga, mergulha nas buscas pessoais e artísticas dos personagens, conduzindo-os a uma jornada em busca de suas identidades e a uma percepção de que a educação pode ser uma ferramenta fundamental para enfrentar os desafios da vida.
O espetáculo estará em cartaz no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, do dia 5 a 28 de agosto, em apresentações aos sábados, domingos e segundas, às 20h. Com duração de 1h30, a peça é classificada para maiores de 16 anos, e promete ser uma oportunidade para reflexões profundas sobre a sociedade atual e o papel da educação e da autenticidade em um mundo cada vez mais conectado digitalmente.